
Tribalistas em Compostela

Na semana passada pensava que o verão não ia chegar mais e qual índigena pataxó decidi invocá-lo com música. Acho que funcionou, porque levo quase sete dias de sandálias.
Hoje começa oficialmente a estação mais quente no nosso hemisfério e criei uma lista de músicas para lhe dar as boas-vindas. São canções que eu associo, sem dúvida nenhuma, às férias e à praia. Dez músicas de estilos muito diferentes e um toque piroso, porque isso nunca deve faltar numa lista de música estival. Podem ouvi-las à solta (se carregarem em cada círculo de cor) ou por junto (se carregarem no centro da vitrola).
Eis os meus motivos…
1. Tom Jobim: Garota de Ipanema. Realmente existe alguém que não conheça esta música? se existir, essa pessoa não presta. Um canto à beleza e à saudade que ambienta sempre uma zona chill out.
2. A fúria do açúcar: Eu gosto é do verão. Descobri esta canção quando estava à procura de músicas que tivessem estruturas de ênfase: “eu gosto é”. Viciou-me o humor e o ridículo da letra. Acho que hoje é ainda de conteúdo muito atual, se pensarmos no fenómeno Instagram.
3. Peste e Sida: Sol da Caparica. Fugir de Lisboa e ir à praia da Caparica. Traz-me recordações de tempos melhores.
4. Deolinda: Corzinha de verão. Tirar férias com o infortúnio de termos só dias de chuva. Não ligar bronze nunca. Enfim, pequenos dramas das viagens.
5. Natércia Barreto: Óculos de sol. A protagonista da letra diz que usa óculos de sol…para o sol, mas tem um triste segredo. Uma melodia vintage e doce.
6. Natiruts: Um céu, um sol e um mar. Um bocado de reggae é sempre relaxante. O paraíso é um lugar na praia.
7. José Malhoa: Baile de verão. O pimba é o meu guilty pleasure e o José Malhoa é um rei. A canção conta o princípio de um namorico num arraial. Cada domingo, durante anos, foi top na feira padronesa.
8. Skank: Vamos fugir. Mandar tudo às urtigas e ir a um lugar paradisíaco, quem não quer?
9. Gabriel o Pensador: Solitário surfista. O clássico de Jorge Ben Jor foi versionado pelo rapper e também surfista Gabriel o Pensador. Gosto muito dessa sensação de liberdade do surf, quanta paz me dá esta música.
10. Marisa Monte: Lenda das sereias. Imaginem só ser uma sereia e ter todos os mares para viver? Esta é uma canção dedicada à orixá Yemanjá.
Os verbos IR e VIR são desses que não são muito fáceis de assimilar. Só com a prática e com o tempo é que chegamos a conjugar bem porque são muito irregulares.
Hoje vou falar-vos do verbo IR no Presente de Indicativo e Conjuntivo.
Cada vez que explico o verbo IR no Presente de Indicativo, parece não haver dúvidas. É só memorizarmos dois pormenores ortográficos e parece que chega. A dificuldade vem quando aprendemos o Conjuntivo. Aí parece que não há suficiente espaço no nosso disco rígido para os dois e chegam as confusões.
Vou colocar os dois paradigmas:
PRESENTE DO INDICATIVO
EU VOU
TU VAIS
ELE/A VAI
NÓS VAMOS
VOCÊS, ELES/AS VÃO
PRESENTE DO CONJUNTIVO
EU VÁ
TU VÁS
ELE/A VÁ
NÓS VAMOS
VOCÊS, ELES/AS VÃO
O Indicativo e Conjuntivo são quase idênticos para este verbo e temos que aprender que estruturas vão pedir cada forma.
Eu vou a pé todos os dias ao trabalho, mas ela vai de carro.
E agora…não vão embora. Fiquem!
Com a recente mudança horária, esta semana lembrei-me do livro Momo. Não sei se tiveram a grande fortuna de lê-lo, se não o conhecem, leiam.
Momo é um romance do escritor alemão Michael Ende. Fala do conceito do tempo e de como é usado pelos humanos nas sociedades modernas.
A protagonista, que dá título ao livro, é uma miúda órfã com uma capacidade incrível para ouvir problemas. Ela luta contra os homens cinzentos, uns seres esquisitos que trabalham no Banco do Tempo e espalham entre a sociedade a moda de o poupar. Nesta história, o tempo é dinheiro, pode ser economizado e devolvido depois com juros. A miúda Momo vai ser um empecilho no intuito dos homens cinzentos por dominarem a sociedade. E vocês? conseguem poupar tempo?
Na vida existe o perigo de sermos seduzidos pelos ponteiros de um relógio, estarmos sempre de olho nele. A nossa sociedade está irremediavelmente sujeita a horários e prazos. Será necessário hoje aprendermos as horas para nunca chegarmos atrasados.
Não ficou claro o suficiente? esperem cinco minutos…e voltem a ver. Ai! quanto valem cinco minutos na vida!
Continuamos com o nosso labor informativo com os falsos amigos.
Tomem especial cuidado com este de hoje, porque pode criar situações verdadeiramente estapafúrdias ou mesmo reles.
Este verbo, ficam desde agora a saber, não tem nada a ver com cancelar uma coisa que se escreve com lápis. Qual nada!
Borrar é deitar sujeira ou defecar.
Para designar a ação de limpar qualquer escrito devemos usar o verbo apagar. O objeto para fazer esta ação é…um outro falso amigo que explicaremos muito em breve.
Reparem na letra desta música cantada por Marisa Monte.
“apagaram tudo…”
http://www.letras.com.br/marisa-monte/gentileza