Play-doc é um festival de cinema atípico, com estilo próprio, que cria um ambiente íntimo. Há dez anos que em Tui fazem um evento dedicado ao cinema de não-ficção: os documentários.
Não faz falta que para fazer grandes coisas, estas sejam feitas em lugares grandes. Eis o exemplo, Tui, um município fronteiriço que organiza um festival que foi destacado em Nova Iorke como um dos dez melhores do mundo especializados no género.
Como este ano estão de aniversário, criaram um novo espaço: o LAP. Um laboratório de apontamentos fílmicos, um lugar para poder trocar ideias, fazer rascunhos de roteiros e dedicar tempo à reflexão sobre as artes, maravilhoso, não é?
De 2 de abril a 6, podem ver os documentários propostos pelo festival. O Lusopatia aconselha a secção de cinema português.
-Alvorada vermelha: um documentário sobre o Mercado Vermelho de Macau. As tonalidades vermelhas do sangue, da carne, dos baldes e até dos olhos dos peixes, transportam o espectador para um universo estranho e assustador mas, ao mesmo tempo, belo e intrigante. Dado o valor estratégico que Macau tem na atualidade, acho que a obra pode ser muito interessante.
-É na Terra não é na Lua: a ilha do Corvo, no arquipélago dos Açores é o objeto do documentário, que pode ser entendido como um caderno de bitácora. 440 habitantes, uma cratera e uma natureza selvagem.
-Terra de ninguém: bombástico! reparem na pequena sinopse que vou dar. O doc conta a história de um mercenário de um comando de elite na guerra colonial de Moçambique e depois de Angola, que depois do 25 de abril trabalhou como segurança em Portugal e mais tarde como assassino a soldo da CIA e dos GAL.
E para dar continuação a uma máxima do jornalismo, já explicamos o Que, já informamos do Como e do Onde, apenas resta o Quando. Consultem os horários nesta ligação.